domingo, 24 de janeiro de 2010
Paradoxo
Os paradoxos confundem porque aqui na polaridade não servem. Eles estão além da dicotomia do nosso mental, por isso exigem o entendimento do coração. Ela soltou um riso irônico, quase um suspiro. A palavra coração era como o seu universo: infinito nas possibilidades – ela jamais saberia a quantos anos-luz estava da próxima descoberta de sua própria imensidão. Sentiu as batidas desse órgão que tanto intriga, e notou que eram fruto da contração e expansão necessárias para que ela continuasse viva. Riu nervosa, como se de repente não fosse confortável habitar a própria pele. Aceitar a morte de fragmentos que ela pensava serem o todo que a compunha era a única maneira de continuar viva. Paradoxos imbecis e poéticos.
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